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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Estudantes evangélicos se recusam a desenvolver projeto escolar sobre a cultura africana

Um grupo de 14 alunos evangélicos do 2º e 3º anos do Ensino Médio da Escola Estadual Senador João Bosco Ramos de Lima, em Manaus, se recusou a apresentar um projeto sobre cultura africana como parte das atividades da Feira Cultural do Projeto Interdisciplinar de Preservação da Identidade Étnico Cultural, desenvolvido pela escola.
De acordo com informações do site de notícias D24AM, os alunos se recusaram a fazer o trabalho como sugerido pela professora, e montaram uma apresentação sobre missões evangélicas na África: “O que eles queriam apresentar fugia totalmente do tema e eles acabaram montando a tenda fora da escola, no sol. Depois de conversarmos eles foram para o pátio, mas o trabalho não podia ser avaliado porque não tinha a ver com a feira”, revelou o coordenador adjunto da escola, Raimundo Cleocir.
Em resposta, os alunos afirmaram que houve discriminação contra a religião evangélica, e que o conteúdo do trabalho proposto era inadequado: “Tivemos que ler um livro chamado Jubiabá do Jorge Amado, onde um garoto tem amizade com um pai de santo. Eu achei muito estranho isso porque teríamos que relatar essa história no trabalho. Queríamos apresentar de outro modo, sem falar sobre isso”, afirmou Jefferson Carlos, um dos alunos envolvidos.

Os pais dos alunos, inconformados com as notas dos filhos, foram à escola para esclarecer as dúvidas a respeito do ocorrido: “A discriminação aconteceu conosco. Minha filha não quis apresentar o tema e sofreu bullying pelo os outros alunos. Por que não pode haver espaço para a religião evangélica na feira?”, questionou.
O pastor Marcos Freitas, da igreja Ministério Cooperadores de Cristo, frequentada pelos alunos, defendeu a postura adotada: “Tinha homossexualismo no meio, eles querem que os alunos engulam isso?”, perguntou.
Foi realizada uma reunião entre os alunos, professores e pais, com a presença de representantes dos Direitos Humanos, Movimento Religioso de Matriz Africana, Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil e Marcha Mundial das Mulheres. Na pauta, o esclarecimento dos fatos para os envolvidos: “Fomos convocados para mediar a reunião, pois é um assunto muito delicado e é preciso articular com as pessoas o argumento de que vivemos numa democracia, e todos tem liberdade de expressão”, afirmou Rosaly Pinheiro, representante do Conselho dos Direitos Humanos.
Por Tiago Chagas, Gospel+

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