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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Delegado confirma prisão temporária de dono da boate e dois músicos

O delegado titular da 3ª DPR de Santa Maria, Marcelo Arigony, afirmou que três pessoas já foram presas.
 
 SANTA MARIA - O delegado titular da 3ª DPR de Santa Maria, Marcelo Arigony, afirmou que um dos sócios da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira foram detidos na manhã desta segunda-feira,28. Eles teriam responsabilidade pelo incêndio na boate Kiss que deixou mais de 230 mortos na madrugada de domingo. Segundo Arigony, há um quarto mandado de prisão para ser cumprido.
 
Os três detidos estavam fora de Santa Maria por medo de linchamento. Dois foram presos na cidade de Mata, a pouco mais de 80 quilômetros de Santa Maria. O terceiro preso estava em Cruz Alta, a 132 quilômetros da cidade onde ocorreu o incêndio.
 
Arigony afirmou que a prisão temporária das três pessoas é de caráter cautelar e serve para contribuir para a apuração dos fatos. "Se elas forem as responsáveis, elas serão punidas. Esses presos são presos para a investigação".
 
Entenda
O incêndio com mais mortes nos últimos 50 anos no Brasil causou comoção nacional e grande repercussão internacional. Em poucos minutos, mais de 230 pessoas - na maioria jovens - morreram na boate Kiss de Santa Maria - cidade universitária de 261 mil habitantes na região central do Rio Grande do Sul. Outras 127 ficaram feridas.
 
A tragédia começou às 2h30 de domingo (27/01), quando um músico acendeu um sinalizador para dar início ao show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira. No momento, cerca de 2 mil pessoas acompanhavam a festa organizada por estudantes do primeiro ano das faculdades de Tecnologia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Uma fagulha atingiu o sistema de exaustão da casa noturna e o fogo se alastrou rapidamente pelo teto com papelão e material de proteção acústica. A maioria das vítimas, porém, não foi atingida pelas chamas - 90% morreram asfixiadas.
 
Uma série de erros potencializou a tragédia. Sem porta de emergência nem sinalização, muitas pessoas em pânico e no escuro não conseguiram achar a única saída existente na boate. Com a fumaça, várias morreram perto do banheiro. Para piorar, seguranças da casa tentaram impedir alguns frequentadores de sair antes de pagar a comanda. Na rua estreita, o escoamento do público foi difícil. Bombeiros e voluntários quebraram as paredes externas da boate para aumentar a passagem. Mas, ao tentarem entrar, tiveram de abrir caminho no meio dos corpos para chegar às pessoas que ainda estavam agonizando. Muitos celulares tocavam ao mesmo tempo- eram pais e amigos em busca de informações.
 
Como o Instituto Médico-Legal não comportava, os corpos foram levados a um ginásio da cidade, onde parentes desesperados passaram o dia fazendo reconhecimento. Lá também foi realizado o velório coletivo.
 
Ao longo do dia, centenas de manifestações de solidariedade lembraram a tragédia em todo o País. Emocionada, a presidente Dilma Rousseff chorou duas vezes ao falar do caso - ainda no Chile, de manhã, onde deixou um encontro com presidentes, e à tarde, ao lado do governador Tarso Genro, já em Santa Maria.
 
Estadão
 

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