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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Líderes evangélicos pedem "mocinha" evangélica nas novelas da Globo

Nos próximos dias, o coordenador dos projetos especiais da Globo, Amauri Soares, vai almoçar com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Entre prato principal e sobremesa, o executivo e o religioso, que está à frente de 125 igrejas com cerca de 40 mil fiéis no país, discutirão interesses comuns entre emissora e evangélicos.
Até o fim de janeiro, Soares também se reunirá com o bispo Robson Rodovalho, da igreja Sara Nossa Terra, que tem 35 templos no país e já atraiu para o seu rebanho familiares do apresentador Silvio Santos.
Os encontros com os líderes evangélicos seguem uma agenda que teve início em 12 de novembro passado, quando Soares recebeu 17 deles no Projac, os estúdios do canal no Rio.
Por sua vez, os líderes prometem apoiar o Festival Promessas, que a Globo criou em 2011 para divulgar a música gospel. A emissora confirma os encontros, mas não comenta detalhes das conversas.
"Nos últimos cinco anos, a Globo se aproximou desse público porque tem lhe conferido não somente peso de formação de opinião, mas também de mercado consumidor", explica Karina Bellotti, doutora da Unicamp que estuda mídia e religião.
"Se você for colocar qualquer coisa aí [na reportagem], põe que não há nenhum acordo para nos proteger", ressalta o pastor Silas Malafaia. "Que cada pastor que pague a conta pela sua besteira."
MOCINHA EVANGÉLICA
Para os dois, chegou a hora de a Globo quebrar o último grande tabu: investir em personagens evangélicos na teledramaturgia. Quiçá numa mocinha do horário nobre.
No começo de 2012, a Folha questionou Octávio Florisbal, então diretor-geral da emissora, sobre o assunto. Ele desconversou.
De lá para cá, a Globo emplacou duas coadjuvantes evangélicas: Ivone (Kika Kalache), de "Cheias de Charme", e Dolores (Paula Burlamaqui), de "Avenida Brasil".
No Projac, segundo a assessoria da Globo, os religiosos "manifestaram o interesse em falar sobre o perfil atual do evangélico brasileiro para autores e roteiristas".
A palestra proposta pelos líderes, porém, não ocorreu. "O Amauri me explicou que a teledramaturgia é muito independente", diz Malafaia.
Quatro autores procurados pela Folha se recusaram a falar sobre o tema. Silvio de Abreu foi exceção. "Sinto muito, nunca tratei de personagem religioso em nenhuma novela nem pretendo."
Evangélicos veem mais holofote em outras religiões. Os casamentos em folhetins são geralmente católicos. Novelas espíritas são constantes.
E, se há personagens evangélicos, "é crente, mas vagabundo. É pastor, mas safado", dispara Malafaia.
O ator Edson Celulari, imagem de televisão mostrando o bispo Sérgio Von Helder, a atriz Kika Kalache
Fonte: folhaonline
 

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