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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Psicanalistas afirmam que alcoólatra age como "fanático religioso"

Os psicanalistas Antônio Alves Xavier e Emir Tomazelli cuidam de alcoólatra como se fosse fanático religioso, porque, segundo eles, se trata de pessoa que se acha poderosa e se entrega ao seu ídolo, a bebida, para se sentir onipotente.
 
“Ele [o alcoólatra] transforma a bebida em substância divina”, disse Xavier em entrevista à Folha de S. Paulo. “Ao beber o 'deus álcool', comunga com essa substância e acredita que vira deus, não tem que enfrentar as limitações e frustrações de ser humano.”
 
Xavier e Tomazelli abordam essa questão no livro "Idealcoolismo" (Casa do Psicólogo, 282 págs., R$ 47), que resume a experiência dos dois no tratamento de mais de 5.000 pessoas ao longo de dez anos.
 
Para Xavier, o alcoolismo é como se fosse uma religião degradada, religião de fanáticos. “Não há uma distância entre o crente e seu deus”, disse. “Quando alguém toma a si próprio ou a alguma coisa existente no mundo como deus, cria uma religião degradada.”
 
Fazendo um paralelo com o fanático religioso, Tomazelli disse que o alcoólatra “deixa de ser humano”. “Ele perde a sua parte ética porque fica submerso em sua individualidade, sem considerar o outro.”
 
Os psicanalistas afirmaram que tratam o alcoólatra com “choque de humanidade”, fazendo que entenda que o ser humano é frágil e limitado.
 
 
É um trabalho difícil, disse Tomazelli, porque o alcoólatra tem de aceitar pequenas doses diárias da realidade, em substituição à euforia proporcionada pela bebida ou outra droga.
 
No caso do fanático religioso, a droga é Deus, mas os psicanalistas não tratam desse tipo de doente.
 
Folha / Paulopes
 

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