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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Historiador critica o papa Francisco por aproximação com pobres e diz que “Jesus vestia Armani”

A postura de adotar uma linha de menos ostentação durante seu pontificado colocou o papa Francisco no centro de uma polêmica na Itália, e gerou declarações no mínimo curiosas por parte de historiadores.
O escritor e historiador Vittorio Messori criticou a postura de Francisco ao dizer que a Igreja Católica não é pobre e nem deve se portar como tal, pois “Jesus não era um morto de fome”.
Historiador critica o papa Francisco por aproximação com pobres e diz que “Jesus vestia Armani”Na entrevista ao jornal Il Fatto Quotidiano, Messori fez analogias bastante polêmicas para explicar sua visão sobre o ministério de Jesus: “Ele vestia Armani, as suas vestes eram raras e luxuosas para a época. Ele tinha um tesoureiro que o traiu e, portanto, também um tesouro”, afirmou.
Um colega de Messori, o professor Roberto Rusconi, pondera sobre a questão: “Certamente, Jesus não era um pedinte e talvez José também não. O sentido da sua mensagem e da sua vida, não por acaso sintetizado por Francisco de Assis, está no não possuir, pois a posse gera poder”.
Rusconi vai mais a fundo ao dizer que o problema da Igreja Católica não está nas riquezas que possui, e sim, na forma como a utiliza: “De um certo ponto de vista, nunca existiu uma Igreja pobre, enquanto que a Igreja sempre teve – como instituição – o problema de como gerir os bens que possuía, que geravam riqueza e principalmente poder. Entre os seguidores de Francisco de Assis, que haviam partido com a rejeição de toda forma de propriedade e, portanto, de poder, e que depois foram se enchendo de esmolas e bens, abriu-se a discussão sobre a possibilidade de um usus pauper. Em outras palavras, pode ser extremamente anti-histórico usar a categoria de pobreza fora do contexto. O problema da Igreja consiste nos bens que geram a riqueza e não são utilizados para os pobres”, contextualizou.
O professor conclui seu raciocínio criticando as declarações de Messori: “[O papa] escolheu o nome de Francisco. A sua insistência sobre a pobreza e os pobres deve ser remetida a essa chave: quem são os pobres e que uso se pode fazer dos bens da Igreja para os que precisam. Se a Igreja de Roma deve se livrar das riquezas, isso não se faz em um dia. Se quisermos nos colocar no plano das piadas, é fácil demais. Na cruz, Jesus não estava vestido com Armani, e o sepulcro não havia sido projetado por Renzo Piano [arquiteto italiano renomado]”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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