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terça-feira, 16 de julho de 2013

BNDES deve ser investigado

Brasília (AE) - A oposição na Câmara e no Senado busca apoio para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A intenção é apurar eventuais privilégios dados a grupos empresariais como o do empresário Eike Batista. Em paralelo, o deputado César Colnago (PSDB-ES) apresentou projeto retirando o sigilo bancário de todas as operações do banco.

A oposição está recolhendo assinaturas no Congresso para a instalação de uma CPI mista, com deputados e senadores. Estão envolvidos na busca de apoio parlamentares de DEM, PSDB e PPS. Para conseguir a instalação, é necessário obter o apoio de 171 deputados e 27 senadores.

 A movimentação foi iniciada após o jornal “O Estado de São Paulo” ter publicado reportagem, ontem, mostrando que contratos de empréstimos ao grupo do empresário Eike Batista sofreram alterações vantajosas ao empresário, com adiamento de prazos de pagamento, extensão de recursos e relaxamento de exigências. O banco firmou 15 contratos no valor de R$ 10,7 bilhões com empresas do grupo X.

Ainda segundo o jornal, o valor total dos empréstimos do grupo EBX somariam R$ 10,7 bilhões e não só R$ 10,4 bilhões que o banco havia informado.

Para o líder do PPS, Rubens Bueno, a constatação dos benefícios reforça a necessidade de investigação. “Fica claro que o governo está usando o banco para beneficiar alguns grupos especialmente escolhidos pelos consultores de alto valor de mercado do PT. Queremos investigar não só o caso que envolve as empresas de Eike Batista, mas todos os contratos do BNDES. É muito dinheiro envolvido e há suspeitas de balanços maquiados”.

BNDES

O BNDES divulgou nota negando que tenha facilitado pagamentos de financiamentos concedidos às empresas de Eike Batista. “O tratamento dispensado pelo banco ao Grupo EBX é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no BNDES. O banco refuta, portanto, quaisquer insinuações de que tenha havido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao referido Grupo”, disse o BNDES.

O banco afirmou que a estruturação de garantias foi feita “com o rigor usual adotado pelo BNDES em todas as suas operações, obedecendo às melhores práticas bancárias”. A reportagem mostra que algumas operações foram feitas com penhor de ações das próprias companhias de Eike, cartas de fiança assinadas por empresas do grupo e bens que ainda seriam comprados. O banco também negou que as empresas de Eike “desfrutem de taxas de juros mais favoráveis que outros clientes.

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