Rio de Janeiro (AE) - Decidido a aproveitar o programa do PMDB que
vai ao ar a partir do próximo sábado para tentar recuperar a imagem de
Sérgio Cabral, o comando do partido no Rio quer que o governador vá à TV
e peça desculpas pelos erros cometidos.Cabral, no entanto, não concorda com essa estratégia e prefere que as 40 inserções sejam usadas para exaltar os feitos de seus seis anos e meio de governo, com imagens do vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB ao governo do Estado. O governador teme os efeitos de uma exposição direta nos programas
Há consenso de que as primeiras inserções comparem o Rio de Janeiro “antes e depois” de 2007, quando Cabral chegou ao poder. “Defendo que o governador entre nas dez últimas inserções e diga que esse é o governo dele. Ele é tão qualificado que pode apontar onde houve algum excesso e pedir desculpas. Não vejo o menor problema em pedir desculpas, faço isso todos os dias”, diz o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.
Cabral tem outra estratégia. “O presidente Picciani está no papel dele de fazer propostas, discutir ações. Eu estou governando o Estado. Ele é um amigo fraterno, estamos discutindo Minha tese é que é hora de mostrar o antes e o depois do Rio, mostrar que o partido lançou um candidato em 2006 e as realizações que fizemos a partir de 2007. Eu sou secundário”, diz Cabral.
A comparação com o Estado antes de Cabral é uma resposta ao antigo aliado hoje adversário Anthony Garotinho (PR), ex-governador (1999- abril de 2002)e pré-candidato ao governo em 2014. A mulher de Garotinho, Rosinha, também governo o Estado (2003-2006).
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