A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada ao pagamento de R$
80 mil por contratar policiais militares para atuar em segurança privada
e transporte de valores em São Luís, no Maranhão.
Segundo informações do G1,
a decisão foi motivada pela Ação Civil Pública ingressada pelo
Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). A Igreja responderá
também por danos morais coletivos, mas ainda pode recorrer da decisão.
- A Igreja utilizou mão de obra treinada e aparelhada pelo Estado em
benefício próprio. Os policiais prestavam serviços no horário em que
deveriam estar em descanso. Esse acúmulo de atividades (pública/privada)
reflete na precarização dos serviços prestados, além de representar
riscos à população, que passou a ser servida por policiais estressados e
fadigados – explicou Anya Gadelha Diógenes, procuradora responsável
pelo caso.
A Ação foi motivada por ações individuais feitas pelos militares na
justiça do trabalho, solicitando o pagamento de direitos trabalhistas
que não eram cumpridos pela Igreja, como recolhimento de FGTS e
Previdência Social, além do pagamento de férias e do 13º salário.
A juíza do Trabalho Ângela Cristina Mota Luna afirmou, na sentença,
que os documentos reunidos pelo MPT-MA comprovam as irregularidades
cometidas pela igreja. Ela disse ainda que os policiais tinham que
adequar sua escala de trabalho na polícia à conveniência da Igreja, o
que causou prejuízos à população da cidade, pelo desvirtuamento do
serviço de segurança pública. A magistrada afirma também que a prática
da Universal causa prejuízo aos vigilantes devidamente credenciados, que
perderam espaço no mercado de trabalho.
Os R$ 80 mil de danos coletivos podem ser revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Por Dan Martins, para o Gospel+
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