Na primeira missa após o anúncio de sua renúncia, o Papa Bento XVI afirmou que a Igreja Católica “está desfigurada” por “divisões em seu corpo eclesiástico”.
As declarações de Bento XVI na celebração de ontem, 13/02, foram
vistas como pistas dos motivos pessoais, e não admitidos publicamente
pelo Papa, que o levaram à decisão histórica de abrir mão do
pontificado.
Antes do início da missa de cinzas, o Papa afirmou que sua opção pela
renúncia foi feita “em plena liberdade, pelo bem da Igreja”. Já no
discurso durante a missa, voltou a criticar as disputas políticas que
geram escândalos: “Jesus denunciou a hipocrisia religiosa, o
comportamento que quer aparecer, a atitude que busca aplauso e
aprovação”, observou.
E falou indiretamente sobre sua opção pela renúncia ao afirmar que
poucos se dispõe a lutar contra o mal: “Mesmo nos nossos dias, muitos
estão prontos para rasgar as vestes diante de escândalos e injustiças,
naturalmente cometidas por outros, mas poucos parecem disponíveis para
agir sobre seu próprio coração, sua própria consciência e suas próprias
intenções”.
Hoje, 14/02, durante uma reunião com o clero, Bento XVI pediu uma
“verdadeira renovação” da Igreja Católica: “Temos que trabalhar para que
se realize verdadeiramente o Concílio Vaticano II e se renove a
Igreja”, pontuou, em sua última reunião com os Sacerdotes de Roma antes
de sua renúncia.
Após a reunião, Bento XVI afirmou que pretende se isolar após
entregar o pontificado: “Mesmo me retirando para rezar, estarei sempre
perto de todos vocês e tenho certeza que vocês estarão perto de mim,
mesmo se eu permanecer escondido do mundo”, disse, segundo informações
do G1.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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