Líderes das maiores igrejas evangélicas do país estariam se
organizando para reunir mais de 1 milhão de pessoas contra os gastos
públicos com a visita do papa Francisco ao Brasil durante a Jornada
Mundial da Juventude, estimados em 120 milhões de reais.
De acordo com nota publicada na revista Veja, a intenção dos líderes
evangélicos é realizar uma grande manifestação no Rio de Janeiro no fim
de semana de 20 e 21 de julho, véspera da chegada do líder católico à
cidade.
Em sua coluna no site da revista, o jornalista Ricardo Setti afirma
que a presidente Dilma estaria disposta a receber lideranças evangélicas
para discutir a situação, por não saber o que poderia oferecer para
evitar o protesto.
Os gastos apenas do governo federal com o evento estão estimados em
cerca de R$ 62 milhões, sendo que R$ 30 milhões serão destinados às
ações para garantir a segurança do líder religioso. Para tal será
destacado um efetivo de 10.700 homens, a maioria destes integrantes das
Forças Armadas.
Porém, líderes evangélicos já se levantam contra a notícia publicada
pela revista classificando-a, inclusive, como uma tentativa de criar uma
“guerra santa” no país. Em nota oficial, o pastor Abner Ferreira,
presidente da Assembleia de Deus em Madureira, classifica a notícia
publicada pela Veja de “mentirosa”.
O líder da AD Madureira, considerada uma das principais igrejas
evangélicas do Rio de Janeiro, afirma que nunca foi procurado por
qualquer líder cristão para organizar o que para ele é uma “tamanha
sandice”.
- Somos contra a manifestação que vise perpetuar qualquer tipo de
discriminação, preconceito ou intolerância religiosa. – afirmou o
pastor.
- Engana-se quem pensa que vai nos usar para estabelecer uma guerra
santa no Brasil – ressaltou o pastor, que ressalta ainda que o líder
católico é “bem vindo” ao país, principalmente se tiver como objetivo
falar contra o aborto de o casamento gay.
- Se o Para Francisco vem ao Brasil para protestar contra o aborto,
contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, contra a descriminalização
das drogas e a favor da liberdade de expressão e de culto, seja bem
vindo – finalizou Ferreira.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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