A ex-senadora Marina Silva enfrenta um impasse em relação à sua
candidatura para as próximas eleições presidenciais. As assinaturas
coletadas para o registro do partido Rede Sustentabilidade no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) passam por conferência nos cartórios
eleitorais, e o prazo final para que a corte do Tribunal aceite a
fundação do partido é o dia 05 de outubro.
A equipe de Marina que trabalha na organização da Rede
Sustentabilidade diz ter conseguido número muito superior às 491 mil
assinaturas necessárias para fundar o partido, porém reclama que a
conferência das rubricas tem sido feita de maneira lenta pela Justiça
Eleitoral.
De acordo com informações da revista Veja, até agora os cartórios não
chegaram a 400 mil assinaturas conferidas. Por medo de que o prazo para
o registro não seja cumprido, a cúpula que auxilia Marina definiu o dia
21 de setembro como prazo para tomar a decisão de filiar-se ou não a um
partido já existente e viabilizar a candidatura ao Planalto em 2014.
Marina Silva vem sendo apontada nas pesquisas de intenção de voto
como a segunda colocada, sempre com mais de 20% e próxima à presidente
Dilma Rousseff. Os assessores de Marina temem que se ela não for
candidata em 2014, pode cair no esquecimento e não ter forças para
disputar a eleição em 2018.
Em meados de agosto, a assessoria da Rede afirmou não trabalhar com a
hipótese da não fundação do partido e que por isso não estariam
cogitando a possibilidade de Marina procurar outro partido naquele
momento, mas com a aproximação do fim do prazo e a alta rejeição de
assinaturas, a alternativa mais cogitada para Marina seria ingressar no
novato e pequeno Partido Ecológico Nacional (PEN), que além de ter como
uma das bases políticas a preservação ambiental, é ligado e liderado
pela Igreja Assembléia de Deus, denominação a qual pertence Marina. Como
a pré-candidata tem criticado de forma incisiva os partidos
tradicionais, essa opção seria a mais coerente, pois como o PEN foi
registrado há pouco tempo, não tem a rejeição do eleitorado fiel a ela.
Marina não pode concorrer a presidência se não estiver filiada a um
partido registrado.
O presidente da sigla, Pastor Adilson Barroso, anunciou que trabalha
para que a migração para o PEN aconteça: “Eu passo a presidência
nacional do partido para ela e garanto a candidatura à Presidência do
país”, afirmou.
Barroso chegou a sugerir um vice à chapa de Marina: o senador Magno
Malta, que também é evangélico e atualmente é integrante do PR. De
acordo com o presidente do PEN, Malta estaria se aproximando do seu
partido e a mudança de legenda seria questão de tempo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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