As acusações contra o religioso foram feitas por Rodrigo Prudêncio
Barbosa, 35 anos, que é ex-gerente do tráfico do Complexo do Alemão e
está preso em Bangu 9. Segundo Barbosa, o pastor usa a igreja comandada
por ele para lavar o dinheiro dos traficantes e também para melhorar a
imagem de traficantes diante da sociedade.
- Pastor Marcos, que não é pastor, é homem de confiança do Marcinho
com a sociedade, já matou pessoas com o Marcinho. Ele lava o dinheiro do
Marcinho e está colocando todos os líderes de boca (de fumo) como
santos. Assim, eles estão conseguindo mostrar para a sociedade que eles
pararam com crime, tipo Isaias (do Borel) e Patrick (Salgado, que seriam
chefes da facção) – afirmou Barbosa, em áudio divulgado pela Rádio CBN.
De acordo com o traficante, que afirma estar revelando detalhes sobre
as operações do crime organizado no Rio de Janeiro por estar sendo
ameaçado de morte pela facção da qual fazia parte, o dinheiro do tráfico
é lavado pela igreja como se fosse arrecadação de dízimos. Ele conta
ainda que os bens de Marcinho VP estão em nome da igreja, para ficarem
fora do radar da justiça.
- Ele pega esse dinheiro, leva pra igreja. A igreja paga dízimo, é
ali que o dinheiro vem sendo lavado. É dessa forma, através do dízimo,
cultos, aquele dinheiro que entra do Marcinho é lavado dessa forma. O
que é da igreja, imóveis, essas coisas, é dinheiro do Marcinho, mas não
conseguem pegar porque está no nome da igreja – explicou o criminoso,
que detalhou ainda que somente no Complexo do Alemão o tráfico de drogas
arrecada R$ 3 milhões por semana.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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