Uma iniciativa do juiz corregedor Marcelo Lobão no presídio federal
de Porto Velho tenta recuperar detentos para a sociedade, através de
medidas sócio-educativas implementadas dentro da prisão.
Detentos que cometeram os mais variados tipos de crime recebem aulas
de informática e costura, além da possibilidade de participarem de
reuniões religiosas.
Em períodos estipulados, grupos detentos recebem a visita de seminaristas católicos ou um pastor evangélico.
Entre as atividades oferecidas, está a possibilidade de ler um livro
durante 30 dias, e em troca, receber a remissão de quatro dias da pena,
caso comprove a leitura. “Você tem que olhar eles como ser humano, se
você for pensar no que eles fizeram com outras pessoas você cria uma
barreira”, afirma a professora Cida Ramiro, uma das responsáveis pelas
atividades.
Segundo o diretor do presídio, que é classificado como de segurança
máxima, é possível conciliar o cumprimento da pena com as atividades de
reinserção social: “Dá para conciliar as duas coisas desde que
consigamos manter o mesmo nível de segurança que a gente vem mantendo ao
longo dos anos“, diz Jones Ferreira Leite.
Pelo trabalho desenvolvido nas oficinas de reinserção social do
presídio, os detentos recebem salários, que são divididos pela metade
entre a família e uma poupança, destinada ao detento, para que ele possa
receber quando cumprir a pena. A proposta é uma tentativa de reduzir a
reincidência no crime, que hoje, está em torno de 70%. “O Brasil precisa
de uma vez por todas criar um protocolo da liberdade, uma fase, uma
preparação para a liberdade”, sugere o juiz Marcelo Lobão.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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