Após
declarações do pastor Marco Feliciano de que poderia não integrar mais a
base de apoio ao governo, e reclamar de traição por parte do Partido
dos Trabalhadores, seu partido decidiu que nas próximas eleições
presidenciais, lançará candidato próprio.
Entre os nomes mais cotados para encabeçar a chapa do Partido Social
Cristão, estão o próprio Feliciano e o também pastor Everaldo Pereira
(RJ), vice-presidente nacional da legenda.
“A decisão é que teremos candidatura própria à presidência da
República. Ser inteligente é fazer o que outros inteligentes fizeram. E o
PT foi inteligente em fazer o Lula ser candidato à presidência três
vezes, antes de ganhar
a eleição”, afirmou Pereira, que demonstra cautela sobre ser um dos
indicados: “Sou soldado do PSC, que é um partido democrático. Todos os
que quiserem podem disputar”.
Pereira declarou ao portal Terra que a ideia é que o partido cresça:
“A política não é uma ciência exata. Mas, pelo histórico do partido, que
em 2002 elegeu um deputado federal, em 2006 elegeu nove, em 2010, foram
17 deputados e um senador, podemos dizer que a meta é avançar, nunca
recuar”, afirmou.
Marco Feliciano, o nome do partido com maior evidência atualmente, se
voluntariou para o cargo, e de acordo com informações do Estadão, teria
ressaltado que em suas viagens como pastor pelo Brasil para pregar,
conheceu muitas lideranças evangélicas, o que traria certa vantagem para
ele.
Porém, entre seus apoiadores, há quem defenda que o pastor dispute a
eleição para deputado mais uma vez, e faça barulho com uma grande
votação.
A mesma visão foi partilhada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que é evangélico: “Do jeito que conheço o meio evangélico, o Feliciano
se elege com mais de um milhão de votos no ano que vem e traz com ele
uns três deputados”, disse.
Crescimento do PSC
O pastor Everaldo Pereira esclareceu que embora o PSC seja baseado em
princípios cristãos, não mistura a fé com a política: “Gosto de dizer
que o PSC não segrega, não exclui nem discrimina. Não é um partido
religioso, ele tem princípios cristãos. O partido tem bandeiras
importantes, como o fim do fator previdenciário, a PEC 300,
regulamentação da emenda 29, defende a reforma tributária e defende os
direitos humanos”, enumerou.
O primeiro senador eleito pelo PSC, Eduardo Amorim (SE), desponta em
seu estado como o principal nome para vencer as eleições para
governador, o que ajudaria o partido em seu plano de metas.
De acordo com o Estadão, a escalada do PSC também pode ser notada
através de outros números. Atualmente conta com 380 mil filiados, e seu
fundo partidário aumentou 800 vezes na última década. Em 2003, com
apenas um deputado, o partido recebia R$ 12,7 mil em recursos federais, e
no ano passado, o valor registrado era de R$ 10,7 milhões.
“Estamos em fase de transição para um partido de médio porte,
buscando mais expressão nacional”, resume o deputado André Moura (SE),
líder do partido na Câmara.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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