O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu uma entrevista falando
sobre os protestos contra ele, e afirmou que os ativistas gays que o
ofendem acabam, de certa forma, praticando a homofobia que eles mesmos
condenam.
“Imagina se eu fosse gay e todo mundo falando essas coisas de mim,
isso não é perseguição? Isso não é homofobia? Não é do que eles me
acusam? Então como alguém quer respeito e não respeita as pessoas?”,
questionou.
Feliciano afirmou ao portal IG que não se abala com as manifestações
contrárias a ele: “Para mim tá tudo tranquilo, tá tudo em paz. Se é tão
bonito ser [gay] porque eles me atacam com isso?”.
Questionado sobre a pressão exercida pela sociedade sobre o Congresso
Nacional e uma eventual destituição de seu cargo na Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Marco Feliciano afirmou que não teme
isso: “O Congresso se mobilizou agora porque houve uma pressão do país
inteiro. E essa questão comigo é bem pontual. É um grupo. Se for isso,
imagina? Dia 5 houve 70 mil pessoas aqui gritando para que eu ficasse e
aí como é que fica? Acho que ninguém quer uma guerra santa”, retrucou,
lembrando da manifestação pacífica organizada pelo pastor Silas
Malafaia, no último dia 05 de junho.
“Aliás, nós fomos os primeiros a protestar contra a PEC 37. Naquele
dia nós falamos sobre a PEC 37, sobre a corrupção, para que a imprensa
não fosse cerceada do seu direito de informar. E a primeira manifestação
foi nossa, com 70 mil pessoas”, destacou o pastor, que aproveitou para
provocar a postura da mídia: “Não teve imprensa porque a manifestação
foi ordeira. Não houve quebra-quebra porque é tudo gente educada. Ali
era uma mostra do que nós somos. Somos 50 milhões. Então, vamos deixar
quietinho né? A inteligência do povo não é dúbia. O povo não quer ser
usado como massa de manobra”, disse.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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