O reverendo Augustus Nicodemus publicou recentemente em sua página no
Facebook um texto no qual lamenta os recentes escândalos que ocorrido
em igrejas evangélicas no qual afirmou que a santidade, a ética e a
moralidade cristãs atualmente foram desconectados dos ambientes
evangélicos, nos quais tem imperado discursos sobre milagre e
prosperidade.
Em seu artigo, Nicodemus destaca seis pontos dentro de uma análise do
conceito bíblico da santidade. Em seu primeiro ponto, o pastor afirma
que santidade não está relacionada a usos e costumes. Ele destaca que
“ser santo não é guardar uma série de regras e normas”, e que o
cumprimento de uma série de normas “tem aparência de piedade, mas não
tem poder algum contra a carne”.
- Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney. Não é só
ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol. Não é
viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata –
enumera Nicodemus, ressaltando que tais regras “não mortificam a
inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a
incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira”.
Usando como exemplo a igreja de Corinto “onde os dons espirituais,
especialmente línguas, profecias, curas, visões e revelações, mais se
manifestaram durante o período apostólico”, Nicodemus fala sobre igrejas
divididas por questões secundárias, que muitas vezes se prendem em
questões carnais como se essas fossem dons espirituais.
Augustus Nicodemus explica que “a santidade implica principalmente na
mortificação do pecado que habita em nós e em viver de acordo com a
vontade de Deus revelada nas Escrituras”.
- A Bíblia não faz conexão direta entre santidade e manifestações
carismáticas e defesa da ortodoxia. Ao contrário, a Bíblia nos adverte
constantemente contra a ortodoxia dos fariseus, contra os falsos
profetas, Satanás e seus emissários, cujo sinal característico é a
operação de sinais e prodígios – afirma.
Ao explicar sua interpretação bíblica sobre a santidade, ele afirma
que ela é progressiva e “não se obtém instantaneamente, por meio de
alguma intervenção sobrenatural”. Nicodemus ressalta que “a santificação
é um processo irresistível na vida do verdadeiro salvo” e que “Deus
escolheu um povo para que fosse santo”. Ninguém que vive na prática do pecado, da corrupção, da imoralidade,
da impiedade, – e gosta disso – pode dizer que é salvo, filho de Deus,
por mais próspero que seja financeiramente, por mais milagres que tenha
realizado e por mais experiências sobrenaturais que tenha tido –
finalizou.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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