A
britânica Nadia Eweida, que foi convidada pela British Airways a
remover um crucifixo do pescoço em 2006, ganhou nesta terça-feira (15)
um caso de discriminação religiosa no Tribunal Europeu de Direitos
Humanos. A decisão significa que empresas privadas terão que
reconsiderar como tratar os direitos de seus empregados por expressar
suas crenças religiosas no local de trabalho. Outras três pessoas
perderam em casos similares. No Twitter, o primeiro-ministro britânico,
David Cameron, aprovou a decisão.
Em setembro de 2006, a funcionária do balcão de
check-in do aeroporto de Heathrow, em Londres, foi obrigada a voltar
para casa após se recusar a tirar ou cobrir o crucifixo. Na época, de
acordo com os padrões de vestimenta da companhia, símbolos religiosos
poderiam ser usados, desde que não fossem visíveis. O episódio
desencadeou um intenso debate na Inglaterra sobre a religião na vida
pública. O tribunal decidiu que o pedido da companhia aérea para que a
funcionária removesse a cruz “equivalia a uma interferência no seu
direito de manifestar sua religião”.
Em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro
britânico, David Cameron, comentou a decisão: “Estou encantado de que o
princípio de usar símbolos religiosos no trabalho tenha sido mantido –
as pessoas não devem sofrer discriminação por causa de crenças
religiosas”. Em julho de 2012, Cameron prometeu introduzir uma
legislação que permitisse ao indivíduo usar símbolos religiosos no
trabalho em resposta ao caso.
Apesar da vitória de Nadia, Shirley Chaplin,
Lillian Ladele e Gary McFarlane perderam causas semelhantes em que
argumentavam que os tribunais britânicos não tinham protegido os seus
direitos de expressão religiosa.
Fonte: Extra
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