Um
pregador salafista radical, defensor da polícia ‘anti-vice’ chocou os
egípcios quando apareceu na televisão no horário nobre para exortar as
mulheres a usarem o véu e assim evitar que sejam estupradas.
Os comentários do pregador foram refutados pelo chefe islâmico legal do país, que os considerou como “idiota”.
“Uma vez alguém me perguntou: Se eu chegar ao
poder, deixaria que as mulheres cristãs permaneçam sem véu? E eu disse:
se elas querem ser estupradas nas ruas, então elas podem”, disse o
pregador Hisham el-Ashry, considerado extremista, em um programa de
horário nobre na TV Nahar, na semana passada, de acordo com a Reuters.
El-Ashry, é fundador da ‘Promoção da Virtude e Prevenção da Autoridade Vice’, também sugeriu no programa de televisão que o Egito implemente “polícia anti-vice”, que significa que as autoridades percorram as ruas e se assegurem que os civis estejam seguindo a lei islâmica.
O pregador disse que a introdução de polícia
anti-vice “não era uma coisa ruim”, acrescentando: “Para o Egito se
tornar plenamente islâmico, o álcool deve ser proibido e todas as
mulheres devem andar cobertas”.
Como aponta a Reuters, embora os comentários
El-Ashry pareçam alarmantes, muitos egípcios reconhecem que ele é um
extremista e não o levam a sério.
Porém, o fato fez com que o Grand Mufti Ali Gomaa
do Egito, consultor sênior da lei islâmica, condenasse a fala do
pregador. ”Este tipo de pensamento idiota é aquele que procura
desestabilizar ainda mais o que já é uma situação tensa”, disse Gomaa à
Reuters em um artigo separado.
“Eruditos religiosos do Egito há muito tempo
orientaram a população a agir de formas que estejam em conformidade com
seus compromissos religiosos, mas nunca pensaram que isto exigisse
qualquer tipo de policiamento invasivo”, acrescentou Gomaa.
Christian Post
Nenhum comentário:
Postar um comentário