Artistas,
intelectuais e políticos dividiram espaço com lideranças religiosas.
Permanência de Marco Feliciano na presidência de comissão foi repudiada.
O auditório da Associação Brasileira de Imprensa
(ABI), no Centro do Rio, ficou pequeno para uma plateia de mais de 600
pessoas na segunda-feira (25). Artistas, intelectuais e políticos
dividiram o espaço com lideranças religiosas e indígenas. Todos unidos
em defesa dos Direitos Humanos e das diversidades. Um ato contra a
intolerância e discriminação.
“Uma coisa é a confissão religiosa outra coisa é a
confissão cidadã. o que estamos fazendo hoje é uma manifestação cidadã
de respeito à diferença de respeito ao indivíduo, de respeito à pessoa
humana”, disse o reverendo Marcos Amaral.
“O direito ao respeito é a primeira coisa para nós.
É o mínimo de sintoma de saúde da sociedade brasileira”, disse o cantor
Caetano Veloso.
Os discursos duram duas horas e todos fizeram o mesmo pedido: o fim da discriminação das minorias e também do preconceito.
Foi um movimento de repúdio contra a
permanência do Deputado Federal Marco Feliciano como presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Ele vem sendo alvo de críticas desde que foi
indicado para o cargo. O parlamentar do PSC de São Paulo é acusado de
publicar em redes sociais mensagens homofóbicas e racistas.
“É um ato pedagógico pra mostrar que a resistência
que hoje acontece à atual presidência da Comissão de Direitos Humanos
não é um ato anticristão, não é um ato contra religiões, muito pelo
contrário. nós queremos que as religiões participem da Comissão de
Direitos Humanos, mas não pode ser anulando bandeiras históricas tão
importantes dessa comissão”, disse Marcelo Freixo.
Nesta terça-feira (26), deputados da frente
parlamentar em defesa dos Direitos Humanos pretendem entregar um abaixo
assinado com nomes de artistas e de participantes do ato para o
presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Esta terça deve ser um dia decisivo para o
pastor Marco Feliciano. O líder do PSC na Câmara dos Deputados, André
Moura, pediu que o colega de legenda reconsidere a posição de não deixar
a presidência da comissão.
“A nossa oposição não é a figura dele. Ninguém tem
nada contra a figura dele. A gente sabe, a gente viu que ele não tem
nenhuma identificação com a pauta dos direitos humanos”, disse o
deputado federal Jean Wyllys (PSOL).
G1
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