O
traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, disse na
tarde desta terça-feira (12), durante julgamento na 4ª Vara Criminal da
Capital, no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), que está
estudando teologia. O curso, segundo ele, que está preso na
Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), acontece à distância. O
traficante disse que, no momento, não está trabalhando, porque o
presídio não ofereceria trabalho aos detentos.
Beira-Mar negou que tenha ordenado a morte de três
pessoas da favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
enquanto estava preso em Bangu 1, na zona oeste do Rio de Janeiro, em
julho de 2002.
Durante o julgamento, ele admitiu que tinha acesso a
telefone celular dentro do presídio e que fez uma reunião por telefone
com seus homens de confiança e outros de uma facção rival, que tentavam
dominar o tráfico de drogas na favela, para tentar desarmá-los e
expulsá-los do local. Segundo ele, nesta época houve confrontos na
comunidade e criminosos e pelo menos dez inocentes morreram. Entre os
mortos estava Bone, um de seus comparsas, e outros dois homens de
confiança do traficante.
— Eu nasci e fui criado nesta favela. Os moradores
pagaram um advogado para me procurar no presídio, pois um morador
presenciou eles [os bandidos da facção rival] matando o Bone, que
trabalhava para mim. Matou ainda um morador e o filho dele [do morador].
Eu não era comparsa destes caras, eles eram meus rivais.
Beira-Mar disse ainda que era amigo de Ednei Thomaz
Santos, que foi morto na época, e de Adailton Cardoso de Lima, que
sobreviveu ao atentado. Segundo o traficante, Antonio Alexandre Vieira
Nunes, conhecido como Playboy, que também morreu em julho de 2002, não
pertencia ao seu grupo.
Apesar de citar outra facção rival, o bandido
disse, durante o interrogatório nesta terça-feira, que não pertence a
nenhuma facção criminosa.
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quinta-feira, 14 de março de 2013
Beira-mar afirma que estuda teologia dentro do presídio
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