O
presidente do Conselho Eleitoral da CGADB (Convenção Geral das
Assembleias de Deus do Brasil), pastor Antonio Carlos Lorenzetti, diz
que as declarações tidas como homofóbicas e racistas do deputado pastor
Marco Feliciano (PSC-SP) não refletem e não representam o pensamento
geral dos fiéis e pastores da Assembleia de Deus, à qual o parlamentar é
vinculado.
“Ele não espelha o pensamento geral dos
evangélicos. Ele espelha o pensamento dele. Ele não fala por mim. Se ele
quer pensar assim, eu respeito a opinião dele como respeito a de
todos.”
Apesar da presença do parlamentar no evento da CGADB em mais de uma ocasião nesta semana, o pastor afirma o poder de influência de Feliciano é “nenhum” entre os 24.200 pastores inscritos na convenção dentro de um universo de 71.525 ministros.
“A influência do pastor Marco Feliciano, dentro da
convenção, é nenhuma. O pastor Marco Feliciano não está nem inscrito
para poder votar aqui na nossa convenção”, destacou o Lorenzetti.
Feliciano não tem poder de voto e foi à convenção apenas para “visitar amigos”.
A reportagem do UOL também conversou com outros pastores que participaram da votação nova cúpula da convenção e do novo conselho fiscal sobre as impressões das polêmicas que o parlamentar gerou desde o mês passado.
O pastor Paulo Bom, de São Paulo (SP), defendeu que
o deputado do PSC seja responsável pelo que falou e não os demais
evangélicos. Ele ressalta ainda que “a igreja evangélica é liberal e que
entra nela quem quiser [se referindo a negros e homossexuais]“.
Já Adelia Rodrigues, membro da Assembleia de Deus
em Brasília (DF), disse acreditar que as afirmações de Feliciano “vêm
sendo distorcidas e tiradas de contexto pela imprensa”. “A Bíblia é para
os evangélicos como a Constituição Federal é para todos os brasileiros.
Ele [se referindo ao deputado] está exercendo a função dele, o trabalho
dele e seguindo a palavra de Deus”, afirmou.
O pastor Walter Santos, de Ponta de Pedras (PA),
nega que as falas de Feliciano possam denegrir a imagem dos evangélicos.
“Ele [Feliciano] têm defendido o que somos, o que acreditamos. Não
somos contra os homossexuais, mas contra os atos dele [de ter relação
sexual com pessoas do mesmo sexo]“.
Os convencionais aprovaram nesta última terça-feira
(9) o envio de moção de apoio a Feliciano pela sua manutenção como
presidente da comissão. A previsão é que o documento seja entregue à
presidente da República, Dilma Rousseff, e ao presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Mesmo sendo crítico a algumas interpretações
apresentadas por Feliciano durante seus cultos, Lorenzetti defende que o
deputado está sendo vítima de preconceito por ser evangélico.
“Ele [Feliciano] merece apoio. Por ser evangélico e
pensar diferente dos outros, ele não é pior também que os outros. Ele
não pode ser discriminado porque ele é pastor ou porque pensa diferente
dos outros. Não é crime pensar diferente dos outros. Agora, fazer dele
um monstro?” questionou.
Uol/Portal Pardon
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domingo, 14 de abril de 2013
Apesar de discordancias com Feliciano, Pastor que presidiu Comissão Eleitoral da CGADB defende que evangélicos o apoiem
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