O
padre Roberto Francisco Daniel (foto), 48, que foi excomungado pela
Diocese de Bauru (SP) por seus questionamentos à Igreja, considerou-se
injustiçado e disse que a punição deveria ser aplicada aos sacerdotes
pedófilos, e não a ele.
Argumentou que foi expulso da Igreja enquanto
padres e bispos envolvidos em escândalos de pedofilia continuam
exercendo suas atividades normalmente.
Trata-se, segundo ele, de uma incoerência. “Sabemos
de casos notórios e públicos de padres e bispos que erraram, que
cometeram crimes de pedofilia, outros crimes também, que são punidos
pela lei penal, mas não são excomungados”, disse. “E quem simplesmente
ajudou na reflexão sobre esses temas é excomungado.”
Padre Beto, como é conhecido, chamou a atenção da
opinião pública e da hierarquia católica ao gravar um vídeo se revelando
favorável à união entre pessoas do mesmo sexo.
A Diocese de Bauru negou ter decretado a excomunhão
por causa da defesa pelo padre do casamento gay, embora o bispo Caetano
Ferrari tivesse exigido de Beto a retirada do Youtube de seus vídeos
que criticam a postura da Igreja em relação aos homossexuais.
Para o padre, a Igreja tem de refletir sobre
determinados temas, como o uso de anticoncepcionais, de modo a deixar a
hipocrisia de lado.
“É claro que a maioria dos casais da Igreja usa
camisinha, faz laqueadura e ninguém fala”, disse. “É aquela hipocrisia e
não se esclarece que temos que ter uma boa educação sexual.”
Beto disse que vai continuar criticando a Igreja e que pretende se filiar a um partido político.
Paulopes
|
||
PATROCINADORA DA MATRIZ DO CD DA BANDA
domingo, 5 de maio de 2013
Padre excomungado critica Igreja por acobertar pedófilos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário