Considerada a maior denominação evangélica/protestante dos Estados
Unidos, a Igreja Presbiteriana dos EUA, está enfrentando atualmente o
maior êxodo da denominação em toda sua história no país. No ano passado,
a Comunhão Presbiteriana (PCUSA) contabilizou a saída de mais de cem
congregações de sob a liderança da organização.
O motivo desse forte êxodo na igreja foi uma mudança no estatuto
geral da denominação, que passou a permitir a ordenação de clérigos
assumidamente gays. De acordo com o site Protestante Digital, a
Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) revelou que
durante o no ano passado (2012) viu a maior saída de congregações da
denominação, com 121 abandonos solicitados.
O desligamento de congregações da Comunhão Presbiteriana teve seu
início em 2010, quando a 219ª Assembleia Geral, formada pela maioria dos
presbitérios, votaram e aprovaram a Alteração da emenda 10 do estatuto
da denominação, permitindo que os clérigos abertamente homossexuais
pudessem ser ordenados. No ano seguinte, quando Scott Anderson foi o
primeiro clérigo abertamente gay a ser ordenado pastor da denominação, a
saída foi de 21 congregações, a grande maioria por discordarem das
novas regras a respeito da ordenação de pastores.
Emily Enders Odom, coordenador de comunicação da Assembleia, explicou
a situação em um comunicado, no qual afirma que apesar da dor produzida
pela separação apenas “29 por cento dos 173 presbitérios” opuseram-se à
norma.
O estudioso de religiões Jim Miller, do Instituto de Religião e
Democracia, comentou o caso citando um estudo que mostra que as
congregações das Igrejas Presbiterianas dos EUA (PCUSA-sigla em inglês)
estão sofrendo um declínio no número de membros regulares. Ao final de
2012 eram cerca de 1,84 milhões de fiéis, ante aos 1,95 milhões no final
de 2011. Isso representa uma perda de mais de 102 mil membros neste
período.
A saída desse elevado número de congregações da comunhão motivou
também a criação de uma nova ordem para acolher tais igrejas, que já se
organizam em uma nova comunhão denominacional.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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