Após a divulgação da investigação conduzida pela Delegacia de Combate
às Drogas (DCOD) sobre o pastor Marcos Pereira por suspeita de
estupros, homicídios, associação ao tráfico de drogas, lavagem de
dinheiro e maus-tratos, outras acusações vieram à tona.
Uma denúncia de ameaça de morte supostamente ordenada pelo pastor da
Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) já vinha sendo investigada
pela 64ª DP, de Vilar dos Teles, segundo informações do jornal O Dia.
Dois ex-membros da denominação afirmam que em março de 2012, um grupo
de pessoas ligadas a Marcos Pereira, incluindo seu filho, Felipe
Madureira, teriam ido à sua residência e feito ameaças: “Toma cuidado!
Fica ligado com o que você fala”.
Na última quarta-feira, 15 de maio, Felipe Madureira prestou
depoimento e confirmou a ida ao imóvel, mas negou qualquer ameaça aos ex
membros da ADUD. No inquérito, não há menção da ida do pastor ao
endereço das vítimas, mas o delegado Delmir da Silva Gouvea suspeita que
as ameaças tenham sido ordenadas pelo pastor, e deverá interrogá-lo no
presídio Bangu 2, no Complexo de Gericinó.
Se condenado, Felipe Madureira e os demais envolvidos podem pegar de 1 a 4 anos de prisão, pelo crime de coação.
Calcinha
Conforme as investigações das acusações de estupro avançam, a Polícia
vai revelando detalhes do depoimento prestado pelas mulheres que se
apresentam como vítimas.
De acordo com informações do jornal Extra, a jovem que era menor de
idade na época em que teriam ocorrido os abusos, afirmou à Polícia que
Marcos Pereira pedia que elas ficassem sem as roupas íntimas quando ele
as chamasse ao seu gabinete.
“O pastor Marcos passou a dizer que sempre que ele mandasse que eu
viesse sem as roupas de baixo, ou seja, de roupão, eu deveria atender
[...] Via várias meninas indo ao banheiro e tirando a calcinha antes de
entrar no gabinete. Eu mesma tive que fazer isso”, afirmou a jovem.
Segundo ela, numa dessas ocasiões, Marcos Pereira “tirou seu roupão,
colocou-a de bruços e tentou penetração em seu ânus”. A jovem afirma
ainda que o pastor argumentava que “sentia muitos desejos da carne, que
estava muito tempo sem esposa”.
“Nós tínhamos que deixar o pastor fazer isso conosco para que ele não
pecasse com mulheres do mundo exterior. Ele dizia que éramos mulheres
santas, deveríamos ter orgulho porque ele não tinha que se sujar com
mulheres do mundo”, relatou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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