A cantora pop Wanessa Camargo concedeu uma entrevista onde criticou
pesadamente o pastor Marco Feliciano e elogiou a cantora de axé Daniela
Mercury, que recentemente afirmou ser lésbica. Para Wanessa é errado o
pastor Marco Feliciano ser presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias devido suas opiniões como religioso.
Na entrevista concedida à revista Caras em abril, ela criticou a
atuação religiosa no meio político e afirmou que “a Igreja tem que sair
fora de qualquer política” já que “a política é para todos”. A cantora
deixou claro que acredita que “não se pode ter política atrelada à
religião nenhuma”.
Wanessa também criticou as opiniões do pastor Marco Feliciano,
consideradas como racistas e homofóbicas, e afirmou que “infelizmente,
ainda em 2013, a gente tem esse tipo de opinião”, mas ressaltou que
acrescenta que isso é bom para a causa gay pois “a indignação causada
por esta história faz as pessoas discutirem em casa, refletirem sobre
isso, fazem o assunto repercutir na televisão, nos jornais. Isso é bom
para poder explicar, para esclarecer” e concluiu que “às vezes tem mal
que vem para o bem”.
Além das críticas, a filha do sertanejo Zezé de Camargo fez questão
de elogiar a atitude da também cantora Daniela Mercury, que aos 47 anos
assumiu um romance com uma mulher. “Ela foi corajosa demais. É difícil.
Para a mulher às vezes é até mais complicado que para o homem”, disse.
“Ela é uma mulher arretada que tem todo o direito de dizer quem ela ama e assumir isso. (…) Isso não a transforma em uma pessoa diferente, muito pelo contrário. Admiro muito mais ela hoje pela coragem dela do que antes” – Wanessa Camargo sobre a Daniela Mercury se assumir homossexual.
Como uma das grandes porta-vozes da causa gay, a cantora cobrou do
governo punições severas contra quem é considerado homofóbico. Para ela
“o governo tinha que pegar mais pesado para punir esse tipo de
comportamento”. A cantora afirmou também que o pensamento homofóbico
pode levar uma pessoa a assassinar um homossexual e disse que a origem
da homofobia começa em casa com uma brincadeira de criança. “É uma coisa
que começa em casa. Começa em uma brincadeirinha de ‘ah, você não quer
fazer isso por que é via(…)’. Começa aí, nessa brincadeira boba. Isso é a
pior coisa que pode fazer com teu filho, ensinar esse tipo de
brincadeira feia para ele. Você já vai inserindo um preconceito sem
querer. Parece bobeira, mas não é”, acredita.
Wanessa Camarago encerrou afirmando que “as pessoas têm que se
preocupar muito mais com o próprio umbigo do que com o vizinho, do que
com quem o outro está indo para cama… pelo amor de Deus”.
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