As investigações do Ministério Público sobre o desvio de
aproximadamente R$ 24 milhões entre dízimos e ofertas da Igreja
Maranata, no Espírito Santo, levaram a Justiça a decretar a prisão de 10
pastores da denominação.
O fundador da igreja, pastor Gedelti Gueiros, foi preso em sua casa
na última segunda-feira, 24 de junho, e enviado para o Centro de
Detenção Provisória (CDP) de Viana, na região metropolitana de Vitória,
capital do Estado.
Após uma liminar impetrada pelo advogado do pastor, Fabrício Campos, a
Justiça concedeu relaxamento da prisão preventiva e decretou a prisão
domiciliar de Gedelti Gueiros. A prisão preventiva havia sido
autorizada, pois, segundo o promotor de Justiça Paulo Panaro, os líderes
da denominação que haviam sido afastados da administração da igreja por
determinação judicial, continuavam tomando decisões e praticando crimes
como estelionato, de forma indireta.
De acordo com o G1, o pastor Gedelti deverá entregar seu passaporte, e
está proibido de ir aos maanains – nome dado aos templos da igreja – e
de participar de reuniões no Presbitério de Vila Velha, além de não
poder manter contato com os atuais administradores da Maranata ou
testemunhas no processo.
Essas proibições são as mesmas feitas na primeira vez que o pastor
havia sido preso, em março deste ano: “Embora haja uma ordem judicial
afastando-os da administração, os acusados continuavam praticando os
mesmos atos ilícitos de forma indireta. Ficou claro que o ex-presidente
da instituição continuava participando da administração, várias
testemunhas prestaram depoimentos que relatavam essa participação”,
disse o promotor Paulo Panaro.
Além do pastor Gedelti Gueiros, foram presos os pastores Arlínio de
Oliveira Rocha, que também está detido em prisão domiciliar devido a
problemas de saúde; Antônio Angelo Pereira dos Santos; Antonio Carlos
Rodrigues de Oliveira; Antonio Carlos Peixoto; Amadeu Loureiro Lopes;
Jarbas Duarte Filho; Leonardo Meirelles de Alvarenga; e Wallace Rozetti,
que foram enviados ao CDP de Viana. Já Carlos Itamar Coelho Pimenta,
advogado e militar aposentado, está detido no Quartel da Polícia
Militar, em Vitória.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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