A disputa política em torno do projeto apelidado como “cura gay”, de
autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) foi tema de uma série extensa
de publicações do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no Twitter.
Feliciano afirmou que não crê que o PDC 234/2011 seja aprovado na
votação da próxima semana, no plenário da Câmara dos Deputados. A
afirmação se deu após o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN) afirmar que se empenhará na derrubada do projeto.
Inicialmente, o PDC 234/2011, apelidado como “cura gay”, deveria ser
analisado e votado nas comissões de Seguridade Social (CSS) e de
Constituição e Justiça (CCJ), antes de ir à votação no plenário. Porém, a
manobra do presidente da Câmara levou ao cancelamento desse trâmite.
“Nós evangélicos e cristãos não somos respeitados! A primeira
manifestação pacifica foi realizada pelo pastor Silas Malafaia e reuniu
70 mil pessoas! As poucas notas que saíram na imprensa foram, com
raríssimas exceções, denegrindo, acusando, expondo ao ridículo nosso
manifesto. Nosso povo não é respeitado nunca! 70 mil pessoas aqui na
Explanada e nem sequer uma mísera consideração, nem respeito”, desabafou
Feliciano, lembrando da manifestação pacífica organizada pelo pastor
Silas Malafaia na capital federal.
Segundo Feliciano, o povo evangélico deveria se mobilizar novamente,
para protestar contra assuntos que ferem os princípios cristãos: “Se eu
tivesse o poder de convocar o faria! Convocaria nosso povo, para virem
protestar em Brasília semana que vem com cartazes e faixas. Também
convocaria a irem pelas ruas do Brasil protestar contra o preconceito
religioso, contra a imoralidade que nos assola. Para protestar a favor
da liberdade de expressão! Protestar contra o aborto! Contra a
legalização das drogas!”, escreveu.
Por fim, o pastor considerou as manobras do PT uma tentativa de
“humilhar” a bancada evangélica e seu trabalho no Congresso: “Covardia!
Nós sempre soubemos que o projeto [apelidado como ‘cura gay’] não
passaria, pois o PT e outros têm maior número e derrubariam o projeto na
Seguridade e na CCJC [Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania]. Para eles não basta derrubar um projeto de um evangélico, é
preciso humilhar! Irão humilhar e debochar da bancada evangélica,
chamada de retrógrada e fundamentalista. Nos acusarão de
preconceituosos, homofóbicos, etc”, afirmou Feliciano.
Posteriormente, Feliciano dirigiu suas críticas ao presidente da
Câmara dos Deputados: “A presidenta Dilma se reuniu com a CNBB
[Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] e a OAB [Ordem dos Advogados
do Brasil]; o presidente Henrique Alves se reuniu com diversos
representantes e irá atender os pleitos. E nós? Onde ficamos? Como
ficamos? No limbo do esquecimento cobertos pelo preconceito religioso,
humilhados, esquecidos. O PSOL, o movimento GLBTT, parte da mídia,
rotularam o PDC 234 com um apelido podre, aproveitam do momento para
mais uma vez me perseguirem. Se movimentam com o apoio do presidente
Henrique Alves para transformarem o plenário na próxima semana num
Circo! Presidente Henrique Alves fica aqui uma indagação: vossa
Excelência soube que dia 5 de junho o pastor Malafaia, numa convocação,
colocou 70 mil evangélicos aqui?”, questionou, em tom de contestação.
Em reação à antecipação da votação do projeto apelidado como “cura gay”, o pastor Silas Malafaia fez uma convocação aos seus seguidores para que sejam enviados e-mails a todos os deputados federais cobrando a aprovação do PDC 234/2011.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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