Cairo (AE) - O presidente interino do Egito, Adly Mansour, empossou
ontem um novo gabinete de governo, o primeiro desde o golpe de Estado no
qual as Forças Armadas derrubaram Mohammed Morsi - o primeiro
presidente democraticamente eleito no país - há quas duas semanas. A
Irmandade Muçulmana, à qual Morsi é ligado, contestou a legitimidade do
ato. “Não reconhecemos a legitimidade nem a autoridade” do novo governo,
disse Gehad El-Haddad, porta-voz da Irmandade.
O governo
empossado é liderado pelo primeiro-ministro Hazem el-Beblawi, um
economista. O general Abdel-Fattah el-Sissi, que liderou o golpe contra
Morsi em 3 de julho, foi promovido a vice-primeiro-ministro, mas
acumulará o cargo de ministro da Defesa, que já detinha antes do golpe. O
ministro de Interior Mohammed Ibrahim, indicado por Morsi, continuará à
frente da polícia egípcia; Nabil Fahmy, que foi embaixador do Egito em
Washington, será o novo chanceler.
Depois do golpe, Mansour
chegou a manifestar a intenção de nomear políticos da Irmandade para
alguns ministérios, mas a agremiação rejeitou a possibilidade e prometeu
continuar protestando até que Morsi seja reempossado. Ele permaneceu um
ano e três dias no cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário