A realização da Jornada Mundia da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro
custará aos cofres públicos um valor estimado entre R$ 320 e R$ 350
milhões, somadas todas as despesas das três esferas de governo e valores
fornecidos por patrocinadores e voluntários.
O Ministério Público (MP) abriu investigações na última semana para
investigar o papel da prefeitura e do governo do estado do Rio de
Janeiro no total dessas despesas, segundo informações da Folha de S.
Paulo.
No caso da prefeitura, o inquérito visa elucidar os motivos de a
prefeitura ter assumido de última hora, uma despesa que estava prevista
para a organização do evento, que é feita pelos católicos.
A licitação da prefeitura para contratar serviços de saúde durante a
JMJ, estimados em R$ 7,8 milhões, foi suspensa na última sexta-feira, e à
noite, mediante um recurso da prefeitura, a Justiça autorizou a
abertura do envelope com as empresas que se lançaram à concorrência
mediante a apresentação de garantias financeiras por parte da
Arquidiocese do Rio de Janeiro.
A desembargadora Regina Lucia Passos frisou em sua decisão que não há
motivo plausível para que o poder público assuma uma despesa que não
estava prevista: “A bem da verdade, não há justificativas plausíveis
para somente na undécima hora o Município do Rio de Janeiro resolveu
abrir procedimento licitatório para contratar sociedades empresárias da
área de saúde”, disse, de acordo com o site da revista Veja.
Custos
O valor variável entre R$ 320 e R$ 350 milhões para a JMJ se dá,
segundo os organizadores, devido à impossibilidade de determinar o
número final de peregrinos que participarão do evento. Quanto maior a
quantidade de pessoas, maior será o custo.
“O custo total ainda está sendo definido e é variável em função do
número final de participantes e inscritos”, resumiu a organização do
evento. Porém, este valor inclui as despesas públicas, e também as
despesas que serão arcadas pela Igreja Católica, como por exemplo, a
contratação de empresas de segurança para a JMJ.
A parte das despesas que serão custeadas pela organização do evento
deverá ser paga com recursos advindos da venda de produtos licenciados,
arrecadação de doações voluntárias e de patrocínios. Entre as empresas
patrocinadoras, estão o Bradesco, Itaú, Santander, Nestlé, Ferrero,
Estácio e McDonald’s, além das agências TAM Viagens e Havas.
“Os patrocinadores ajudam com dinheiro, prestação de serviços e uso
de seus produtos no evento”, diz a nota da organização do evento.
Somando tudo, até agora foram arrecadados R$ 20 milhões pela JMJ.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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