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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Carências de estrutura e falta de insumos levam “Giselda” a restringir atendimento

Maria da Guia Dantas e Roberto Lucena - repórteres

O pronto-socorro do Hospital Giselda Trigueiro - referência no Estado em doenças infecciosas, toxicológicas e imunobiológicas especiais - está restringindo o atendimento apenas aos pacientes mais graves. O motivo é o déficit de profissionais e a falta de materiais básicos para atendimento. Na tarde e início de noite deste sábado (22), apenas dois médicos davam conta de quatro pacientes em estado grave, todos entubados, necessitando de cuidados ininterruptos, embora não haja no local vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os sete leitos da UTI estão ocupados. O único aparelho de raio-x do hospital está quebrado.
Adriano AbreuPronto-socorro do hospital Giselda Trigueiro foi fechado por falta de material básico e déficit de profissionaisPronto-socorro do hospital Giselda Trigueiro foi fechado por falta de material básico e déficit de profissionais

Neste domingo (23), o atendimento continuava restrito. Segundo a diretora geral do hospital, Milena Martins, as deficiências serão resolvidas "o mais breve possível". Ela explicou que o atendimento no PS não foi suspenso completamente, mas está restrito aos pacientes considerados mais graves. "O PS funciona com classificação. Por causa dos problemas, estamos atendendo apenas os que estão classificados nas cores amarelo e vermelho, os casos mais simples são encaminhados para outras unidades de saúde", disse.

O aparelho de raio-x do hospital está quebrado desde maio. Os exames dessa natureza são encaminhados para o hospital Ruy Pereira e Santa Catarina. Mas há outros problemas. As duas ambulâncias estão quebradas e foi preciso pedir um veículos emprestado ao hospital Ruy Pereira. Além disso, há uma deficiência de remédios e insumos na unidade.
Adriano AbreuHospital não tem materiais básicos como esparadrapo e falta de profissionais impede atendimento de novos pacientesHospital não tem materiais básicos como esparadrapo e falta de profissionais impede atendimento de novos pacientes

Segundo os funcionários, materiais como esparadrapo, lençol, e remédios como antibióticos não estão disponíveis na unidade. "Estão fazendo pulsão venosa com fita crepe porque não tem esparadrapo", denunciou uma técnica em enfermagem. A diretora geral confirmou que faltam alguns itens e culpou a burocracia das licitações pelo problema. "Alguns medicamentos são fornecidos pela Unicat, outros são comprados diretamente pelo hospital. Estamos com uma licitação em curso para compra desses produtos, mas há a demora por causa da burocracia. De fato, estamos num momento crítico", disse Milena.

A reportagem tentou, sem sucesso, neste domingo, contato com o titular da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Luiz Roberto Fonseca. Segundo Milena Martins, o secretário está ciente da situação do Giselda e a Sesap está ajudando no que for necessário. "Acredito que tudo estará resolvido o mais breve possível", afirmou.

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