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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Igrejas arrecadam cerca de R$ 20 bilhões com vendas e dízimos


 
 
As igrejas evangélicas, católicas e das demais denominações arrecadaram em 2011 dos fiéis, vendas e aplicações financeiras R$ 20,6 bilhões, o que corresponde a metade do Orçamento de São Paulo, a cidade mais rica do país. O montante é superior à soma do orçamento de 15 ministérios e equivale a 90% dos recursos deste ano do Bolsa Família.
 
Em cinco anos, as igrejas obtiveram o crescimento de 12% na soma do dízimo e doações aleatórias.
 
A informação é de Flávia Foreque, da Folha de S.Paulo, que conseguiu dados da Receita Federal valendo-se da Lei de Acesso à Informação.
 
A legislação tributária exige que as igrejas declarem anualmente a quantidade e a origem de seus recursos. O jornal não teve acesso ao volume de arrecadação por igreja porque os declarantes estão protegidos pelo sigilo fiscal.
 
Em tese, a arrecadação total pode ser maior, no caso de ter havido declaração de valores subestimados.
 
A fiscalização é quase inexistente por causa da falta de empenho da Receita e da imunidade fiscal das igrejas, que não pagam impostos sobre os recursos que obtêm com as suas atividades e bens, como imóveis e veículos, além dos templos.
 
Do total arrecadado em 2011, R$ 14,2 bilhões vieram do dízimo e das doações aleatórias. O restante é resultado da venda de bens e serviços (R$ 3 bilhões) e dos rendimentos de aplicações financeiras e no mercado de ações (R$ 460 milhões).
 
O sociólogo Ricardo Mariano, da PUC-RS, escreveu um artigo dizendo que a legislação não está preparada para impedir a proliferação de “de igrejas-empresas, conglomerados cujos líderes fazem fortuna, adquirindo jatinhos, helicópteros, mansões, fazendas, gravadoras, editoras, emissoras e redes de TV”. E isso, observou, “sempre à custa de rebanhos esmagadoramente pobres e socialmente vulneráveis”.
 
Folha de S.Paulo. / Paulopes

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