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quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Se ele fosse homofóbico, não me aceitaria"; afirma decorador gay da casa de Marco Feliciano


"Só resolvi falar porque é muita injustiça contra uma pessoa que, de repente, não é esse monstro que todo mundo está divulgando." Para o decorador e dono de uma empresa de eventos Aluísio Antônio de Souza, de 35 anos, amigo do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) há 15 anos, os ataques contra o parlamentar são para prejudicar sua carreira política. Souza é responsável pela decoração das casas de Feliciano e foi citado por ele como um amigo gay, para justificar que ele não era homofóbico. "Não estou a favor dele, simplesmente acho que ele tem todo o direito de achar e 'desachar' o que quiser. Só que comigo ele respeita. Não acho que ele pense assim."
 
Desde quando vocês são amigos e como é essa relação?

Faz bastante tempo. Depois que pegamos amizade, passei a ser o decorador da casa dele.
 
Frequenta a casa do deputado?

Frequento, tenho contato com as filhas, com a esposa, faço as festas das filhas deles. Enfim, somos amigos, sempre vejo, sempre falo com ele.
 
Você acha que o deputado é homofóbico e racista, como o acusam?

Não, não acredito nisso. Se ele fosse uma pessoa homofóbica e racista, da forma como as pessoas estão falando, ele não me aceitaria na casa dele, da forma como ele aceita. Eu não teria o contato que tenho com a família. Ele sempre me respeitou, minha opção sexual e minha religião. Eu também não sou da religião dele.
 
As declarações que ele fez atacando gays e homossexuais te incomodam?

Olha, às vezes um pouco, mas não necessariamente tanto. Porque são declarações que ele às vezes fez, mas que não souberam interpretar. Ele não é homofóbico. Se ele fosse, aí, sim, incomodariam. Mas, pela amizade que a gente tem, o contato que eu tenho com ele, nunca deixou transparecer isso para mim.
Este prédio da sua casa de eventos pertence ao deputado Feliciano?

O prédio sim, a empresa não.
 
Ele foi um incentivador do negócio?

Muito. No começo, quando pensei em abrir um espaço para festas, eu já tinha em mente ver esse prédio, que é dele. Só que fiquei com medo de ele não aceitar, de ele achar 'não, um espaço de festas...'. Mas foi o contrário, me pegou de surpresa. Ele foi o motivador, disse 'vai em frente, batalha que você consegue', me motivou bastante.
 
O deputado tem recebido forte pressão para abandonar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Você acha que ele deve deixar o posto?

Acho que não. Ele está lá para defender direitos humanos. Enfim, que seja, de homens, mulheres, homossexuais, qualquer pessoa, entendeu?
 
Francisco Evangelista
 

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